terça-feira, 19 de julho de 2011

todo universo vira verso



todo universo vira verso por causa docê.
repara:

a pluma cai sobre a pele
furando a teia
que se enraiza
na tampa da sensorial panela

os dias somam
muito menos que horas
no caldeirão matemático
do eletro-eletrônico amor

o vão entre os dias e o quarto entre as horas
limitam a saudade
ao geológico estrato
que o tempo não quis

espada recém-afinada
corta essa
corta onda
corta-se e corta relações

e despeja
gotas de sangue
sobre um vampiresco e imenso
termocoagulador

junte essa turba de signos
junte essa massa de dogmas
e coloque-os
no mesmo cosmochão

e o céu que acima o produto
esgota em um breve minuto
o vapor que exuda
em cada um dos meus senões

a minha sorte (a sua sorte)
é que o mundo dos vivos
é muito mais mundo
que o imundo mundo dos sós

repete os dramas de sempre
com mínima mística
estática tísica
química explosão

eu encho os bolsos de gostos
que eu já recolhi doutra vez
e se a cada duas de estar numa sua
só somam se somos os três?

eu cubria-me de outros mundos
pra lograr viver em dobro
- você é a descoberta -
sobram mundos sem cobertura?

cada desejo e cada fractal
de desejo
caleidoscopa
meu amor com todo o seu

eu deixo o desejo todo
espalhar fragmento
de todo o meu
amor num olho seu


.

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