terça-feira, 19 de junho de 2012

alea ira furor iacta brevis est


viver uma coisa grande
é um anagrama
saber pouco a cada dia
é enternecer
desviver a longa estrada
é a tarde brusca
que recurva em noite o canto
e assim adentra.

desvairar por breve tempo
é a voz latina
resignar o lance à sorte
é um dito findo
deixa-me à guerra dos lobos
me atira às bocas
faz-me já em quantos pedaços
quiseres loucos.

sou cedo em toda aventura
sou pré primeiro
despede-me tarde a dor
dispo-me inteiro
nu recebo o couro bravo
do teu vergalho
santo entendedo as chagas fundas
no meu caralho.

.

domingo, 3 de junho de 2012

meu dez temido




eu vivo um namoro que em língua gê
voz dos primeiros caciques daqui
dizia assim:

“joga-te fora mui bravo guerreiro
despe-te e a pele que é tua abandona
corta teus braços e não deixa o toco
pra do cotoco nascerem outros braços
deixa tuas pernas só pros urubus
que eles repastem tuas gambas sozinhos
as andaduras que antes serviam
hoje és inerte não delas precisas
solta o teu peito pro corvo comer
eternemente qual grega epopeia
solta a tua cara pro tapa marcar
solta a tua alma, tua dor, tua ideia”

e desse namoro farto a textura
sinto meu ser desdescer das alturas
despido a mim de mim mesmo e a saudade
é da mulher, do gozo e à vontade

.

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Haicai (do Conde Arthur)

No branco da paz,
giram, turbinadas
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