sábado, 30 de abril de 2011

a primeira vez




que a vi, era você um pássaro cor de chá
a primeira vez foi antes do voar existir
a primeira vez eram plumas de jovem (não penas)
ainda hoje (hoje é o futuro) há plumas de jovem, a penas

o pássaro não precisou nem quis nem sonhava em voar
o pássaro simples e tão somente pairou
já nascido alto, bem alto

e beijou o céu com seus bicos ternos

como se um bola de vôlei
gentilmente, ou por ela mesma,
levantada
não quisesse
nem precisasse ou sonhasse
em ser cortada

o pássaro sonhou que era um pássaro que não
precisava, nem queria, nem sonhava em voar
vou ver você pela primeira vez
outra vez
vou ver você pela segunda vez
outra vez

a delicadeza das formas e carnes do pássaro
os ossos ôcos
o querer pouco
o pequeno, o aninhar, o leve

é que fazem do pássaro
a imensidão cheia
da minha mesma calma
à distância
ou juntinho de si 


quinta-feira, 28 de abril de 2011

adeus




creio um deus improvável
bem mais incrível
que o crermos no teu deus
creio o adeus possível, impossível
creio, é viável, deixarmos a teu, menina,
firme jeito criança
trocar de crença
com o jeito meu

creio num bar de esquina
o mundo nosso fechado pro mundo vão
teu deus é uma flor em botão
minha deusa é vão
creio sermos virgem, menina
rogai em nós, virgem maria
chamo-te pelo vão nome teu,
(de outro nome não posso chamar-te a não ser pelo teu)

deus, dios, dois, dos
o pulo é doble, chiquitita
pues o pulo é meu também!
a fé remove meu mundo tão bem
darmos, sermos, irmo-nos
despedirmo-nos, despregarmo-nos
a fé é móvel e o mundo também
és o único hoje prego, maria
que crava-me à cruz de ninguém

difícil
- não por ser difícil crer, mas por ser difícil pra vida o ato de crer -
é crer no fim
por isso a crença mundana é sempre no além
a crença fácil de crer
que vais ser sempre, pra sempre, como sempre o meu bem

o meu crer é mais difícil: lento, infinito e pessoal

a graça nos concedida é falarmo-nos
comermos chocolate, engordarmo-nos
refrigerarmo-nos, entupirmo-nos de nós dois
quando pudermos
pois olharmo-nos é quase pecarmos
pois tocarmo-nos é rirmos da fé
pues beijarmo-nos deve ser: rápido, infinito e pessoal

creio distinto de ti.

creio sermos lagarta os dois
creio arrastarmos nossas carnes
pelas folhas, pelos papéis
(comermos as folhas, trocarmos papéis)
creio sermos lagarta os dois
e que a borboleta que nos aguarda
guarda um casulo
pro deus dos dois
pro nosso medo
pro deus de amarmos, amor
pro deus pedir
pro deus esperar
pro deus amor
pro deus que deus e vier o amor

.

sol quadrada



me encantam os que são livres
eu não sou, nem estou
nem quero ser nem estar

a liberdade é um sonho lindo
na boca de quem cala o soul

achei um brinco liberto, livre
um brinco no nosso quarto (no meu)
o brinco é de mulher
não é meu

(brincos eu tenho muitos, mas só agora aprendo a ser mulher)

brinco que fura
o lóbulo
da orelha esquerda da fêmea
trespassa o buraco e agora, queda
inofensivo na cena

o brinco lembra a prisão
cadeada fechada prisão
brinco eu de ser mulher?
brinco eu de me prender?

jogo todas chaves fora
pra me libertar mais não
a mentira é a liberdade
o amor é todo prisão

das deusas todas do mundo
só essa agora me assombra
domina meu panteão

a minha falta de chave é a minha louca paixão 




segunda-feira, 25 de abril de 2011

geometria


a vantagem do mundo ser redondo é que as maravilhas do mundo são intermináveis
você diz: mas é verdade, também
(já que toda verdade no mundo redondo é também),
que as imbecilidades também abundam e mudam o mundo,
eu digo: mas porque mudam também
(já que toda mudança no mundo redondo é também),
voltamos - non e non-non sequitur - às maravilhas

e digo a você, meu chapa:
ah! as maravilhas
são tantas, meu chapa, que apenas lhe conto uma
(já que todas as outras num mundo redondo também):

veja-se realmente, total e redondamente, como um alberto caeiro em carniosso,
defronte
a amada: a amada.
não a amada ideal
nem a ideia de amada
não a pensada
mas a amada total, redonda e realmente como uma alberta caeira em carniosso

toque-a
e não sinta o calor da amada
pois a amada é só a amada, e o calor é só o calor
e a amada toca em você, meu chapa
e não pense ela tocando, pois ela tocar não é digno de morar
no seu pensamento, meu chapa,

tudo que há é, nem menos nem mais, é um alberto caeiro e uma alberta caeira
e o poeta sendo você, e sendo ela a poeta,
a um e só mesmo tempo interminável
dizem-se os dois
como dois geômetras
acertando as contas que deus, meu deus,
errou
e vai errar sempre



domingo, 24 de abril de 2011

pro nominal



se a distância é inevitável
inda por cima duradoura
bata-me forte na nuca
deixe-me em coma induzido
perca-me a minha memória

ou

sabendo de antemão
que há tempo em viver separados
torne-nos desconhecidos
finja-nos desencontrados
nós em planetas distintos

ou

quando viajar outra vez
faça um favor que eu mereço
embrulhe-se de presente
ponha-se no correio
e envie-se ao meu endereço


ultrasssom


um barulho de chuva molha os ouvidos
um grito
um uivo
o choro e a criança
a floresta tombando

o baque surdo atordoa os sentidos
o zumbido
a buzina
um vento nos galhos
um velho cantando

um eco na gruta repete as feridas
um tapa
um beijo
o apito e o trem
a orquestra tocando

o pio da coruja avisa os perigos
o miado
o chiado
um rádio ligado
um carro passando

um som da tua voz me acorda do olvido
uma vez mais
uma tua voz
a voz da menina e
o som da tua voz


quinta-feira, 21 de abril de 2011

tiradentes

se eu fosse homem o bastante
se eu fosse enough mulher
eu me enforcava na praça
para escárnio de todos
e opróbrio próprio

diria ao povo mineiro
e aos que nem povo não são
que morro de mal alheio
morro de amor
ou só morro

tomava já mortovivo
da vida remorta então
um enferrujado facão
desses de maculelê
esses de cortar cana
ou coração

e decepava-me inteiro
ou em partes primeiro
cortava meus braços
um de cada vez
ou de vez os dois
nós dois

e cortava as minhas canetas
desde o baixo tornozelo
beijando com o fio da faca
subindo pelas rodelas
de batatinhas das pernas

atingia-a sobre coxa
brigando a faca e a boca
pra tirar o maior naco
a lingua bem afiada
até o centro profundo

e me cortava o pescoço
já esticado na corda
separando a cabeça
da alma que trago embaixo
salta do peito pra fora
o órgão envermelhado

espalhava meus pedações
por partes belorizontinas
os olhos na tua janela
a bunda no pirulito 
e aquele apêndice inútil
na rua do amendoim

morro como um mártir
vôo para abraçar-te
como fosse um zumbi
corro para amar-te
que serás tão bem


ressurreição



todos os demônios do mundo moram na ansiedade da espera
todos os demônios do mundo são poucos
todos os demônios do mundo são quatro

de todos os demônios do mundo, o primeiro chama-se quinta-feira
de todos os demônios do mundo, quinta-feira é o mais presente
de todos os demônios do mundo, quinta-feira é o que dói mais

o primeiro demônio do mundo se instala em seu trono de expiação
o primeiro demônio do mundo implode a alma, destrói a calma
o primeiro demônio do mundo é o eterno demônio do mundo

os outros demônios do mundo eu nem conheço ainda
aos outros demônios do mundo não fui apresentado ainda
dos outros demônios do mundo só sei que são três

um dos outros demônios do mundo é sexta-feira
outro dos outros demônios do mundo é sábado
outro dos outros demônios do mundo é domingo

como podem chamar da paixão um dos outros demônios do mundo?
como podem chamar de aleluia outro dos outros demônios do mundo?
só entendo chamarem de páscoa outro dos outros demônios do mundo

toda paixão é paixão dolorosa em um dos outros demônios do mundo
paixão torcida, paixão contida de um dos outros demônios do mundo
paixão danada por um dos outros demônios do mundo

aleluia!, halleluya! no outro dos outros demônios do mundo?
elogio ao deus da mentira do outro dos outros demônios do mundo?
salve javé!, e quem me salva do outro dos outros demônios do mundo?

o outro, o último, dos outros demônios do mundo, é páscoa
eu entendo, por ser o último, dos outros demônios do mundo ser páscoa
re-desespero, res-surreição infinita de todos os demônios do mundo
morando na ansiedade da espera 


terça-feira, 19 de abril de 2011

é tarde agora



é tarde agora

e caímos os dois
como não cai, nunca, a tarde
como ela permanece, ela enraíza, espessa
postada em tronco forte
postada em pernas firmes

a tarde criança dança

e os raios, ah! os raios
os raios da tarde atravessam
a janela, a vidraça
e roçam e perpassam
a persiana
e se jogam lúcidos em faixas douradas
nos peitos morenos
pelos bicos
pela pele

não arde, não dói, não mente
(por muito pouco, ou muito muito, não sente)
nem pensamento cruza
os que cruzam, os que se cruzam
os que cruzamos
só o sol e seus raios dardos
seus raios tardos inter ferem
e o calor não queima
o calor teima
a tarde se oferece, abarca, inunda

é muito a tarde
e caímos os dois
despertos, descobertos, destemperados
destroçados, desregrados, desocupados
atordoados
e a tarde não sangra
a tarde singra, rubra
caímos e carmins os dois
como não a cai a tarde
é muita tarde
não é tarde bastante
é tarde de mais

domingo, 17 de abril de 2011

caminho da floresta


pego o viaduto santa tereza

sigo pela assis chateaubriand
cruzo a francisco sales
viro a contorno
- à esquerda

e de repente
toda dúvida
a minha, a dela, a nossa
- vira certeza

cruzo a francisco sales

viro a contorno à esquerda
passo a senhora das dores
sigo pela itajubá
- e desço floresta

e de repente
o mundo todo
o dela, o nosso, o meu
- fica em festa

valei-me senhora das dores

torno à silviano brandão
sigo então a pouso alegre
viro à esquerda: itajubá
- e adentro contorno

e de repente
todo amor
o nosso, o meu, o dela
- é eterno retorno

sábado, 16 de abril de 2011

teu cheiros

olor um banzo
da terra em carne
natural em pesteada
toma conta do faro

essência de composta
é ol fato com sumado
toma conta do gosto
quem tua boca, aroma

infero monicamente
toma conta do rastro
te odoro, vou látil
traga meu pito per fumo

toma conta do quarto

toma conta do quarto
vou mero, nasal
cheiros entrin cheirados
etéreo, casal
etéreo, nasal
entrin cheiro e a roma
és mero casal
contas no quarto re toma

...

retoma conta do parto
do leito, da nata
desti lados do peito
te mamo, me mata

quinta-feira, 14 de abril de 2011

momento

paro de pensar um momento
deixo as ondas batendo
nas pernas minhas nuas
a água fria e boa empurrando e
puxando
a revolução quieta do amor

paro defronte e à frente do vento
aceito grato o rosto açoitado
de olhos lembrando e fechados
a tua figura cheia e aromas
teu gosto
o teu calor bêbado em beijos

reparo a evolução simples da planta
que cresce ao redor das coisas
em direção ao sol, teu sol
os olhos postos ternos no chão
te puxo
em corpo e lembrança pra mim

preparo a cama estreita com flores
planto a semente em taças febris
o quarto esperando o sol, teu sol
a água fria e boa empurrando
nosso amor
pro ralo aberto e claro no chão

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Calhambeque bi-bi

Humberto Vianna/Roberto Carlos

Liguei pro celular da minha gata, animado
Sonhando ouvir a voz da mina do outro lado
E eis que o broto atende e responde chateado
Eu tou no trânsito, bi-bi
Eu tou no trânsito de beagá,
Beagá bibi guigui bi-bom

Esperei impaciente o meu broto estacionar
Havia combinado de voltar a ligar
Então eu chamo e ouço a sua voz a reclamar
Eu tou parada, bi-bi
Parada num sinal de beagá,
Beagá bibi guigui bi-bom

Depois de meia hora o meu bem engarrafado
Para em fila dupla pra atender seu namorado
Ligo novamente, atende o broto estressado
Eu fui multada, bi-bi
Multada por um guarda em beagá,
Beagá bibi guigui bi-bom

Marcamos de encontrar em frente à Praça da Estação
Pra pegar uma praia e passear no calçadão
Mas quem disse que tinha alguma vaga pro carrão
Nós dois rodando, bi-bi
Rodando nas ruas de beagá,
Beagá bibi guigui bi-bom

Decidimos que o amor tinha de ir até o fim
Desistimos da prainha e tocamos prum drive-in
Mas na hora agá... o carro enguiça e ela pra mim:
(bi-bi)
Eu tou no trânsito, bi-bi
Eu tou no trânsito de beagá,
Beagá bibi guigui bi-bom...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

poema de dentro

sabe a fruto maduro
o dentro do teu
sabe a terra, a gente, a pasto

torna o sumo de dentro
no centro da tua
torna nus a gente num espaço

trago teus braços de pedra
transparente, como em neruda
trago te dentro do abraço


dorme a tarde de abril
tranquila, em saciados
dorme o desejo mais vasto

faço teu quarto do meu
mil horas, de um rato
fazes a lua do sol: mormaço


sábado, 9 de abril de 2011

neguinha de Ogum

minha rotina
minha retina
minha renitente e ranheta rotina pregada na retina
todo dia,
da hora que eu acordo
à hora que durmo profundo
e (até) daí por diante
é
sonhar só
com você

ah! neguinha
reina das minhas rendosas horas de amor ruminante
ai, neguinha linda
rainha sorridente
do meu coração contente
rainha, imperatriz, presidente
de minhas horas
calmas
e as ardentes

sofro um pouquinho mas é de saudade
mas só a possibilidade
de uma hora dessas
de um dia ou outro
te ver, falar, tocar, te ler
de ouvir teu batuque
no meu feicebuque
me deixa um outro
me acalma um pouco
me acaricia a alma de vez

ah! neguinha
dona da minha rotina
imagem ocupante
da minha retina
renitente deusa brilhante
dos meus dias, do meu tempo
do meu trabalho e do meu lamento

ah! neguinha
filha de terreiro
cabocla, guerreira
coração veloz e valente
que cai, que cai e levanta
no tablado rodopiante
de um amor errante
filha de ogum ou de algum
deus estonteante

ah! neguinha
se eu amei na vida
como eu amo agora
se eu amei alguém
como eu te adoro
foi exato você menina
na estrada antiga
de ser neguinha
minha longa amiga

(pra sempre minha longa amiga e amante)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

as mãos e as bocas



bocas abertas no dentista
desdão as mãos no trabalho

qual outra mão que tu destes? (diz a mão)
que outra boca beijastes? (diz a boca)

mas é mentira e se calam
(guardam os medos nos bolsos)

buscam as bocas silêncios
mostram-se as mãos maternais 

a mão
enlaça o mundo, enlaça a mão do menino

a boca
engole a vida aos dois, e engole a boca

a pele das mãos no toque
trocam de pele as mãos

o gosto das bocas juntas
jantam-se a gosto as bocas

improvisam um orifício
no quente degelo global

a mão na mão forma um arco
boca com boca um contorno

descem medos pelo ralo
e a menina caiu pelo vãozinho

domingo, 3 de abril de 2011

Zarzuela


quando eu pensei que é triste o passar das horas, das horas
tudo sempre nunca, hoje
onde eu deixara ficar os cantos dos espaços vazios, vazios
todo lugar é nada, aqui
e ela vem cheia ela mesmo enchendo a mim cada passo a passo
o corpo que é copo por ser copo
e é copo por ser vazio
e ela nos vem entornando assim em ternura forte, quente, quente
a cada com passo passionando
os sete lados
deste lado
de nós
antes des atados
e ela vem zonza, reina, tonta, bela, zarzuela, zarzuela
a cada compasso passionando
os sete lados
deste lado
de nós
otros agora

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Jesus e Madalena


jesus acorrentado,
sem apóstolos nem novena
num sítio ermo deitado
no colo de madalena









crianças entre crianças
duas vidas pela frente
no futuro do menino
a menina é o presente

jesus acorrentado,
sem apóstolos nem novena
num sítio ermo deitado
no colo de madalena

crianças sobre crianças
são tantas (e tão certeiras!)
olhando pra todo lado
pra nós, pra vida inteira

jesus acorrentado,
sem apóstolos nem novena
num sítio ermo deitado
no colo de madalena









mas nós dois é só um canto
da varanda atrás da lua
menina e menino vestidos
com essa ternura mais nua

jesus acorrentado,
sem apóstolos nem novena
num sítio ermo deitado
no colo de madalena

sentada a menina olha
a própria beleza estampada
nos dois olhos do menino
que miram ela e mais nada

jesus acorrentado,
sem apóstolos nem novena
num sítio ermo deitado
no colo de madalena









a mão da menina pousa
na mão quente do menino
beijos dele nela aquecem
os dois amantes dormindo

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Haicai (do Conde Arthur)

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giram, turbinadas
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