quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

cordel do surdo, do mudo e do cego

 

o surdo, o mudo e o cego

surgiram em dois momentos

(na casa comum dos três)

loucos o trio todo

loucos por dois motivos

o primeiro eu vou dizer

 

 

surtam bem cedo ainda

o surdo e o mudo irmãos

(o cego não, primo seus)

mudam prum mundo novo

tão logo se acharam grandes

a mente e o corpo de um deus

 

chegam a ver tal encanto

ipso facto o surdo e o mudo

perdem a fala de vez

o mudo nem se importou

(já não falava o vivente)

só tinha o surdo a perder

 

 

o cego nem deu por isso

não havia encantamento

que cegasse o seu viver

a loucura que lhe coube

foi mais forte no entanto

(pois não carece de ver)

 

o mundo novo pra ele

só lhe importava de fato

pra plantar e pra colher

acorrentou os dois outros

(os pans, assim se chamavam)

e estava o homo a nascer 

 

 

- amordaçados os outros,

estava o homo nascer 

 

 

 

 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Leak, leak, leak / Hoje a manhã é boa


leak, leak, leak 









 

 

o fio desenrola de seu novelinho bem acondicionado e,

solto,

nos embaraça a todos.

leak, leak, leak, fio meu.

enreda os fio da puta no fogo fértil de prometeu.

 

 

hoje a manhã é boa

 

 

 

 

 hoje a manhã é boa.

tem cheirinho de café.

tem um frango assange ao forno

de deixar o pentelho em pé.

 

a manhã baixo holofotes.

tradicional coffee shop.

a tradição faz fumaça

debaixo do pop, pop, pop.

 

 

facebook, dezembro de 2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

V


vapt e vupt
vem e volta
venerada vagabunda 

vai e vem
vasto vulto
venerada vagabunda

viva volúpia
vinga a vida
venerada vagabunda

vê da varanda
o vale verde
venerada vagabunda

...

vice e versa
vide o verso 
venerada vagabunda

venerada vagabunda
vaidosa
vênus vamp

venerada vagabunda 
teu veneno é vã 
vacina 

venerada vagabunda
verte um vallium
e vomita

...

voa à vela e sai vazada
vá, veloz, em via vesga
esvazia em vez meu vício
ver você virando um vírus

verga a vara no meu ventre
vaza a veia, esvai o vinho
vinca a veste, me envagina
vaticina o teu vacilo

vende à vista minha vergonha
vá, tua voz é meu vexame
você viu que eu não valia
e enviou à vala vaga

vinte vezes minha vontade
trinta vezes meus amores
nove vezes fora nada

vinte vezes minha vontade
trinta vezes meus amores
nove vezes fora nada

... 

vence a vaia
dos viados
convencidos da vitória

vira a mesa
miss Valhalla
mostra o monstro
           do teu vento

varre a merda
do universo
           com o vibrar dos teus arpejos


Belo Horizonte, algum dia de setembro de 2010 

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Haicai (do Conde Arthur)

No branco da paz,
giram, turbinadas
as emoções de toda as cores

Mini-hai-cai lógico-matemático

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