domingo, 30 de setembro de 2012

para no p da paralisia


para
para
para conseguir
para sem seguir
para rir, parir outrosser
para ar, parar de sentir
para
parar de tar a par
para
para
parar

.

domingo, 23 de setembro de 2012

Refeliz



Conheci alguém que me comprou
Conheci alguém que me vendeu
Conheci alguém que me roubou
Conheci alguém que me prendeu
Conheci alguém que já me amou
Conheci alguém que me esqueceu
Conheci alguém que me beijou
Conheci alguém que me fudeu.

Disse esse alguém: não sei quem sou
Se quer saber, o alguém sou eu.

Me vi cantando ao deus dará
Me vi chorando aqui e ali
Eu assobiando um tom de lá
Eu assuntando o assunto em si
Me pego à toa e sem ligar
Pro que há no mundo, se há e daí?
Me faço mudo em meu falar
Me ponho surdo em meu ouvir.

Digo a mim mesmo: eu não vou dar
Pro meu amor o amor que eu quis.

E surpreendo-me a gozar
O amar que é ela e eu sou feliz.

.

sábado, 15 de setembro de 2012

cachorro



Ando nas ruas escuras e vejo
Nada a não ser meu andar
Bafo de pinga, de porre, de ontem
Nada a não ser meu andar

Vejo um cachorro num canto tremendo
Quando mirei seu olhar?
Paro que o passo que eu dou não é nada
Nada me faz prosseguir

Treme o cachorro num canto de esquina
Magro e sarnento e chinfrim
Pouso meus olhos na triste figura
Vejo e ele olha pra mim

Late essa vida, late a conversa
Late, cachorro, pra mim
Mas não há nada, que me interessa
Nem um ruído ruim

Só o silêncio, de um cachorro
Triste, olhando pra mim
E eu dou-lhe as costas, que outro cachorro
Fraco já vive em mim

Outro cachorro
Magro e sarnento
Já vive dentro de mim

.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

brazoo



eu não sou pirarucu
e alegre nadar na água alcalina

não sou jacaré-açu
a galgar cadeia alimentar
não sou como a sucuri
por de fome deixar-me enrolar  

não sou como um caititu
comer tudo, doces, flores, merda
nem como um macaco aranha
prender meu rabo, anunciada a queda

não sou como um guaxinim
mascarar a dor à mão-pelada
não sou nada como a onça
de me apete-ser qualquer pintada

nem que nem jaguatirica
para em paz dormir em qualquer galho
não sou como o mico-estrela
por um trix salvar-me de ato falho

não sou como um boto rosa
a mamar em doces, turvas águas
não sou que nem é o guariba
a gritar o amor, tenaz, sem mágoas

nem como um tamanduá
a dar bandeira a troco de insetos
nem mesmo sou como humano
a ver-me inteiro à falta de afetos

sou só como um tatu bola
sou só um comum tatu bola
que a casca engrossa
e a vida rola
.

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Haicai (do Conde Arthur)

No branco da paz,
giram, turbinadas
as emoções de toda as cores

Mini-hai-cai lógico-matemático

ágora

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