segunda-feira, 21 de novembro de 2011

as simetria


há algum tempo alguma mulher eu conheci
conheceu-me alguém revindo dalgum lugar
dalgum jeito dobrou o chão nalgum lugar
dalgum modo o céu duplicou-se sobre si

os signos precisam de tempo,
enquanto as coisas ficam sem lugar

al corão diz em dúbia sentença algo assim:
“Ele criou-lhe a vida, a vista e o coração”
dá-me de cor em dupla dose o deus do não
biográfica biblia a me recordar do sim

gira em redondos arcos de trás volta em mim
roda em baile o espiral que ela vem por detrás
redemoinha um tornado toda a terra e a paz
repõe-se o sol e ela faz todo o ar carmim

inocentes, imaginamos nos bastarmos
culpados, de um só mundo temos certeza
culpados, só entendemos toda a beleza
de um mundo, se inocentes nos imaginarmos

as coisas são filhas dos signos

demora ela em dois pomares plantando a mim
dá-me duas frutas frágeis preu já saborear
traz-me dois botões de flor e diz, cheira já
demora-me no ar fragrante de dois jardins

adianto a ela dois pomares, de águas tão longes
dou-lhe duas frutas rijas que nunca verá
trago flores abertas pra nunca lhe dar
pouco adiantam jardins se tão dela te escondes

dupla flor e fruta, duplo jardim-pomar
duplo espelho em carne, dupla casca de nozes
duas vidas miradas, duplicadas duas vozes
água e terra dobradas germinando ar

enquanto as coisas perdem tempo,
os signos troçam de lugar

levará tempo a uma mulher que eu conheci
buscar um espaço reencontrado dum lugar
trazer a um chão dobrado a terra, a água e o ar
vertendo em chuva tantos céus dentro de si

.

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