quarta-feira, 17 de outubro de 2012

bislabial



me custa crer que um pedaço de mim
(digamos assim, meu lábio inferior)
tenha enfim retornado à face trêmula
tenha tornado a compor a mandíbula
rerrecobrindo meus dentes da frente
rerrefazendo minha cara de gente

acostumava-me eu a olhar-me
no espelho - que os dois olhos sempre os tive
dentes sujos, amarelos, expostos
o véu cachoeiro nos meus sempre olhos
pouco escondia – da dor que eu então sentia
no amarelo e sujo de cada dia

agora é melhor desviar-me do espelho
os olhos os tenho – tenho certeza
não me falta mais faz, ver-me pra trás
meus lábios os junto e selo a minha boca
e calo o medo da face composta
refeitos restos, respiro a resposta

.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

o que passa por dentro e alivia a noite interminável?



e o tempo vai
como só o tempo sabe:
ponteiros grande e pequeno
marcando minutas horas
cada vez mais díspares.

temei o relógio centrífugo:
que ao apontar
desaponta
nossas palavras feitas de números.

o que passa por dentro e alivia a noite interminável?
que o sim nos diga. 

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Haicai (do Conde Arthur)

No branco da paz,
giram, turbinadas
as emoções de toda as cores

Mini-hai-cai lógico-matemático

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