Arthur Vianna
Diretor de eventos - Belotur
Para o espanhol Josep Chias, um dos maiores especialistas de marketing turístico do mundo, o turismo é o negócio da felicidade. Em suas palestras, Chias costuma citar o seguinte provérbio escocês: "o sorriso custa menos do que a eletricidade e dá mais luz".
Em 2010, a Prefeitura de Belo Horizonte decidiu dar um novo formato ao Carnaval nas administrações regionais, com o objetivo de valorizar as características locais e atingir públicos diferenciados. Ao invés de apenas um baile popular, o Carnaval das regionais, em sua maioria realizado na semana que antecede o desfile, passou a oferecer concursos de fantasia, matinês infantis e bailes para a terceira idade, homenagens aos compositores locais e outras atividades. Nos bairros, a folia cresce a cada ano, com blocos e bandas: Trema na Linguiça (Savassi), Sagrada Folia (Sagrada Família), Santo Bando (Santo Antônio), Concentra, mas não sai (Ipiranga), Sou Bento, mas Não Sou Santo (São Bento), As Virgens de Formigueiro Quente (Venda Nova), Bloco do Pirulito (Centro) e o Baile dos Artistas (Santa Efigênia).
Diretor de eventos - Belotur

A grande festa da alegria de Belo Horizonte nasceu com a cidade. A primeira manifestação carnavalesca aconteceu ainda em 1897, com os operários que trabalhavam na construção da cidade. Em 1904, surgiu o primeiro desfile de carros com alegorias. Na década de 40, tiveram início as batalhas de confetes, os bailes populares e os blocos caricatos. Durante anos, esses foram a marca do Carnaval de Belo Horizonte. As Escolas de Samba surgiram na década em 1940, logo após a Segunda Guerra Mundial. A Inconfidência Mineira, que desfila no BrincaBelô 2010, foi fundada em dezembro de 1950. A partir de 1972, Belo Horizonte seguiu o modelo carioca, colocando arquibancadas na Afonso Pena para os desfiles.
Mestre Conga, da Inconfidência Mineira
Em 2010, a Prefeitura de Belo Horizonte decidiu dar um novo formato ao Carnaval nas administrações regionais, com o objetivo de valorizar as características locais e atingir públicos diferenciados. Ao invés de apenas um baile popular, o Carnaval das regionais, em sua maioria realizado na semana que antecede o desfile, passou a oferecer concursos de fantasia, matinês infantis e bailes para a terceira idade, homenagens aos compositores locais e outras atividades. Nos bairros, a folia cresce a cada ano, com blocos e bandas: Trema na Linguiça (Savassi), Sagrada Folia (Sagrada Família), Santo Bando (Santo Antônio), Concentra, mas não sai (Ipiranga), Sou Bento, mas Não Sou Santo (São Bento), As Virgens de Formigueiro Quente (Venda Nova), Bloco do Pirulito (Centro) e o Baile dos Artistas (Santa Efigênia).
Grandes eventos carnavalescos acontecem no período que vai do dia 6 ao dia 16. É o caso da Banda Mole, que reuniu mais de 45 mil pessoas na avenida Afonso Pena, do Carnaval na Mantiqueira (Venda Nova), do CarnaFavela (barragem Santa Lúcia) e do Carnaviola (praça da Liberdade). Finalmente, na Via 240, acontece o grande desfile das escolas de samba e blocos caricatos de Belo Horizonte. No sábado, são 11 blocos, e no domingo e segunda de Carnaval, 12 escolas de samba. Da premiação, R$ 20 mil para a escola de samba do Grupo A que conquistar o primeiro lugar e R$ 10 mil para o melhor bloco caricato do Grupo A.
Como manifestação cultural, o Carnaval está no coração do belo-horizontino. A cada ano, novos blocos carnavalescos surgem nos bairros e vilas da capital. As escolas de samba e blocos carnavalescos procuram se profissionalizar para atingir seus objetivos. As nove administrações regionais promovem um Carnaval cada vez mais participativo. E o cordão dos foliões cada vez aumenta mais. O Carnaval de Belo Horizonte cumpre seu papel e espera crescer a cada ano para fazer da cidade um polo de atração dessa economia do lúdico. Como acontece em outras capitais, Belo Horizonte espera atrair parceiros na produção e divulgação de um espetáculo que reúne arte, cultura, lazer e muita alegria.
Publicado em O Tempo, 13/02/10
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