A
melhor molhada é um mar de água
É
la mar, mágoa, é a mulher, amada
Deixe
então: a verdadeira água
É
a chuva que cai e mal sai do chão
Volta
sincera pro céu da selva
E
torna-se em torrente paixão
A
mais feia morada das águas
São
os olhos que vertem as lágrimas
São
falsas as águas, são febris
Vertente
do olhar que não me quis
Nem
líquido e certo adeus a dar
Só
queima e não molha esse chorar
Em
duas águas Moisés dividiu
Fingindo
esperança em seus judios
E
logo após suas águas fechou
Afogando
seu perseguidor
Em
duas páginas te descrevi
Como
criança que eu quero e perdi
Por
tentar com afinco te ter
Revogastes
tuas águas pra mim
Em
teus dois olhos escorre o amor
Feito gotas de líquida dor
Pingas
só uma gota aos meus pés
Liquidificando
quem te quer
Lágrima
chora o frio de um amor
Pede
n’água que cesse o calor
Teu
par d’olhos é seco demais
Traz
um fogo e não água é o que atrais
.
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