paro de pensar um momento
deixo as ondas batendo
nas pernas minhas nuas
a água fria e boa empurrando e
puxando
a revolução quieta do amor
paro defronte e à frente do vento
aceito grato o rosto açoitado
de olhos lembrando e fechados
a tua figura cheia e aromas
teu gosto
o teu calor bêbado em beijos
reparo a evolução simples da planta
que cresce ao redor das coisas
em direção ao sol, teu sol
os olhos postos ternos no chão
te puxo
em corpo e lembrança pra mim
preparo a cama estreita com flores
planto a semente em taças febris
o quarto esperando o sol, teu sol
a água fria e boa empurrando
nosso amor
pro ralo aberto e claro no chão
Nenhum comentário:
Postar um comentário