ouvir, escutar, entrar dentro a cabeça no amor
deixar morrer o ardor entre as pragas do
entardecer
uivar, gemer, de dor, quando a lua nem quer nascer
nem toda paixão é eterna, se o se esconder revela
nem todo gesto de amor redime o gostar amante
nem todo ciúme é o pior dos crimes que o amor condena
as pragas que a qualquer par, infectam sem dó nem
nada
são filhas do desamar, ou do amar sem fé nem gosto
são netas do adoecer, bisnetas do amar com pena
tataranetas da dor: descendentes desbocadas
retorcendo-se no inferno rubro de suas bocas
que encontrando-se uma à outra, movem-se tão
cismadas
pois se uma boca à outra o amor trata-as qual
loucas
é que a dor foi flagrada: o resto é fim, o agora é
nada.
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