quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

cordel do surdo, do mudo e do cego

 

o surdo, o mudo e o cego

surgiram em dois momentos

(na casa comum dos três)

loucos o trio todo

loucos por dois motivos

o primeiro eu vou dizer

 

 

surtam bem cedo ainda

o surdo e o mudo irmãos

(o cego não, primo seus)

mudam prum mundo novo

tão logo se acharam grandes

a mente e o corpo de um deus

 

chegam a ver tal encanto

ipso facto o surdo e o mudo

perdem a fala de vez

o mudo nem se importou

(já não falava o vivente)

só tinha o surdo a perder

 

 

o cego nem deu por isso

não havia encantamento

que cegasse o seu viver

a loucura que lhe coube

foi mais forte no entanto

(pois não carece de ver)

 

o mundo novo pra ele

só lhe importava de fato

pra plantar e pra colher

acorrentou os dois outros

(os pans, assim se chamavam)

e estava o homo a nascer 

 

 

- amordaçados os outros,

estava o homo nascer 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Marcadores

1969 25 de abril a linguagem dos animais a origem das espécies abbey road adolescente adriana leão áfrica alexandre pimentel ambiente américa do sul animais anos 70 antes arthur vianna artigo as filas de francolise ASA assange atlantico babalorixá bairros baixo beatles belo horizonte beto vianna bh biologia biologia da libertação blocos blocos caricatos brasil brinca belô caderno de filosofia e ciência caetano veloso canela carnaval cego cheiro chuva chuva em dois bairros ciência coffe shop cognição cometa itabirano competição conto convite copa 2010 cor cordel cosme e damião cplp cuba darcy ribeiro darwin darwin 200 descobri desmatamento diferenças culturais embora EP escolas de samba estudante EUA evolução expedicionario experiência extinção facebook feb felipe melo fio flor floresta força expedicionária brasileira G7 gêmeos george cardoso george harrison globo google livros greenpeace grito guerra hebdomadário hemisferio sul homo hugo chávez identidade III SCC ile ife india indio indonésia interculturalidade jabulani jesus john lennon john tooby jornalismo josé mauro da costa julian julian assange juventude kitkat la nación lançamento larissa leak leda cosmides lei de gerson libertação limpeza étnica lingua lingua portuguesa linguagem livro livros de graça na praça loucura i fé lua lusofonia madalena madonna manhã mario drumond mazza menina menino mineiro morcegos movimento estudantil mudo mulher música naranja mecanica neguinha de ogum nestlé nigéria nudcen o tempo ocidente óleo de palma opep orangotango origem 150 paises pan paraguai paul mccartney paulo speller paz pentelho petróleo pink floyd poema poesia pop portugal prometeu psicologia evolutiva quilombola racismo rainforest reina revolução dos cravos ringo starr rio de janeiro roma tropical rouco sabor são tomé sebastião da costa veloso secundaristas seminário sinestesia soberbia brasileña sobrevivência do mais apto som Spencer sportv sucesso reprodutivo surdo tá morelo tábata taiuô e kéindê tato terceiro mundo travessa ubes ucmg ufrj une unilab universidade afro-brasileira v va vagabunda vapt variação veja venerada venezuela viagem voltar vupt vuvuzela wikileaks zarzuela

Haicai (do Conde Arthur)

No branco da paz,
giram, turbinadas
as emoções de toda as cores

Mini-hai-cai lógico-matemático

ágora

e/ou

nunc