a nova doidinha no salão
os nove dedinhos numa mão
a nave flotando em mar aberto
tromba outra vez no coração
o mar ia se abrindo pelo chão
o amor ia enchendo o chão de sal
o amar ia subindo pelo vão
tromba d’água enche os olhos meus
duplo ano vivido sem visão
dobrando as esquinas casuais
dois olhinhos pretos sem ter fim
trombam com os meus e querem mais
a maré subiu não dá mais pé
a marola entrou rodando em mim
amar é deixar o barco ao mar
tromba em cada onda sem virar.
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